quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Podemos saborear

“Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar!
Mais que o mel à minha boca.”
Salmos 119:103 (0)

Mesmo antes de colocarmos mel na boca, a saliva já começa a fazer-se sentir, mas quando o mel se mistura com a saliva e a língua se deixa envolver pela sua textura macia e pelo seu sabor doce, o resultado são momentos agradáveis de prazer.

Saborear é um privilégio que a língua nos proporciona graças às células receptoras especializadas que captam e o sabor das substâncias, o qual é posteriormente enviado ao cérebro que o interpreta. (1)

Estas células receptoras têm projecções microscópicas chamadas de pêlos gustativos e encontram-se agrupadas em conjuntos de cerca de 50, formando os chamados botões gustativos.
Cada botão gustativo possui uma abertura para o exterior, chamada de poro gustativo, na qual entram as substâncias misturadas com saliva, onde interagem com os pêlos gustativos, estimulando assim o sentido do paladar. (2)

São centenas de sabores distintos que podemos experimentar, resultado da combinação de apenas quatro sabores primários: doce, salgado, azedo e amargo. (3)

Mas o saborear não se resume ao sentido do paladar.
Este está associado às sensações que a língua nos proporciona, como a sensação da temperatura, textura, oleosidade, espessamento, viscosidade e a densidade do alimento.
O sabor também está directamente ligado ao sentido do olfacto, o qual detecta o cheiro do alimento e o associa ao seu sabor, ajudando-nos não só a distinguir melhor os alimentos, mas também a controlar o apetite e a quantidade de alimentos que ingerimos. (4,3)

No meio de tudo isto é interessante pensar que não somos todos iguais, isto é, nem todos apreciamos os mesmos sabores, pois cada pessoa tem um paladar diferente, à semelhança de uma impressão digital. (5)
O sentido do paladar é no entanto apenas uma das funções da língua, pois esta tem a responsabilidade de dar inicio ao processo digestivo, guiando e moldando o alimento e ainda a de nos habilitar a falar. (6)

E por falar em falar, é oportuno lembrar que o ser humano ao contrário dos outros animais também se “alimenta” da palavra. Ora, Deus apresenta a sua Palavra como um “alimento” vivo e uma fonte de infindáveis sabores, desde o doce ao amargo.
Conforme está escrito:
“… O homem não viverá só de pão, mas que de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.” Deuteronômio 8:3 (0)

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