quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Jó pôde lembrar que vivemos suspensos no nada.

“… e o SENHOR aceitou a face de Jó.” Jó 42.9 (0)

Jó, não só “… pode falar do que se passa debaixo dos nossos pés”, mas também pode lembrar que vivemos suspensos no nada: “Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a terra sobre o nada”. Jó 26:7 (0)

Por mais incrível que pareça é exactamente isto que se passa, a terra é como uma pequena bola que está em movimento constante, suspensa (sem qualquer fio) no espaço, no qual o vazio é quase total. (1)

Se pensarmos que a terra mede 40.008 quilómetros (2) e que pesa aproximadamente 6.000 milhões de biliões de toneladas (3), podemos nos questionar como é que é possível está movimentar-se no nada como se fosse um simples pião?

Se pensarmos que a nossa galáxia, a Via Láctea, tem aproximadamente 90.000 anos-luz (8) de diâmetro (4), e que existem milhões de outras galáxias no universo podemos perceber que não passamos de um pequeno grão de areia no meio desta imensa vastidão.

Mas o que é extraordinário é que a terra não é como um grão de areia numa praia, sem rumo nem direcção, pelo contrário, a terra passeia nesta imensidão funcionando como um relógio e revelando-nos que nada é por acaso. (5)

A vida na terra, por exemplo, só é possível graças às leis que permitem o bom funcionamento de todo o sistema que faz funcionar o universo e particularmente o sistema solar do qual a terra faz parte. (6)

É neste sistema solar que a terra suspensa no nada se movimenta e nos faz viajar pelo espaço a mais de 108.000 km/h (5), juntamente com outros planetas à volta do sol, mas o único onde a vida é possível.

A terra tem tudo para que a vida seja possível, seja a fina camada de gases que a envolve, a atmosfera, que nos protege da maioria das radiações nocivas provenientes do Sol (ou de outras fontes de radiação mais longínquas e poderosas) e dos meteoros, impedindo que a grande maioria destes atinja o solo, e proporcionando o espectáculo a que chamamos "estrelas cadentes", sejam os movimentos de rotação e translação que nos proporcionam o nascer e pôr diários do Sol, bem como a sequência das estações, contribuindo também para as estações o facto de o eixo de rotação da Terra estar inclinado 23º em relação ao eixo de revolução (órbita), e ainda o campo magnético gerado pelo rápido movimento de rotação que se faz sentir não só na superfície do planeta, mas também no espaço cósmico e que nos protege do vento solar. (7)


Temos tudo o que é preciso para viver, mas talvez seja importante “lembrar que vivemos suspensos no nada “ e, quem sabe, aprendermos a ser mais humildes, se não for mais para com o nosso próximo.