quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Sua Palavra não falha

“Seca-se a erva, e caem as flores, mas a Palavra de nosso Deus subsiste eternamente.”

Livro do profeta Isaías capítulo 40, versículo 8 (0)

O livro do profeta Isaías é um documento que tem resistido e permanecido fiel ao longo de 27 séculos.

A prova disso está num rolo manuscrito de 7 metros encontrado em 1947 numa gruta no mar Morto. Este rolo, uma cópia do manuscrito do profeta Isaías, data do ano 100 a.C. e veio confirmar a exactidão do documento que foi transmitido até aos nossos dias. (1,2)

Neste livro é descrita a miséria de uma nação que se encontrava dividida em dois reinos e era alvo de constantes guerras e invasões. (3)

Alguns destes acontecimentos estiveram durante séculos “enterrados”, podendo ser confirmados apenas em meados do século XIX através de escavações arqueológicas “inspiradas” na Bíblia. (4)

Um destes acontecimentos foi a invasão de Senaqueribe contra o reino de Judá, descrita nos capítulos 36 e 37 do livro do profeta Isaías, a qual pode ser confirmada num prisma hexagonal descoberto em 1830 entre as ruínas de Ninive, antiga capital da Assíria, no qual Senaqueribe, rei assírio entre 704-681 a.C., fala acerca das suas campanhas contra aqueles que se opunham ao seu domínio, entre eles, o rei Ezequias, rei de Judá. (5,6)


A situação desta nação, nesta altura, era lamentável, sendo a sua desobediência a Deus a causa da sua miséria.

Entretanto, Deus espera o seu arrependimento e promete um livramento através de um Servo.

Este Servo é descrito como um homem que é levado como um cordeiro ao matadouro e como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores.

É ferido e moído, mas não se fez caso algum dele.

Sendo justo, é tido como um ímpio e contado com os transgressores.

Na sua boca não se acha engano, mas é julgado debaixo de opressão e condenado à morte.

Dá a sua vida para assumir a culpa dos pecadores.

Ressuscita, vê o trabalho que fez e fica satisfeito.

Por ele, muitos são justificados. (7)

Anos mais tarde, Judá pode sentir a presença deste Servo, mas não fez caso algum dele, como se pode perceber da atitude dos judeus, particularmente dos seus principais vultos, que o entregaram a Pilatos para o crucificar, conforme observa o historiador judeu Flávio Josefo (I séc.) no seu livro “Antiguidades”. (8)

Apesar de ninguém lhe apontar algum crime, foi condenado à morte, como nos revela o historiador romano Cornélio Tácito (I séc.), e morte de cruz, segundo Flávio Josefo. (9,8)

Com este tipo de morte é identificado com os transgressores e sofre uma morte horrorosa.

O resultado da sua morte, no entanto, marcou a história do homem para sempre, pois pelo seu nome, muitos têm sido justificados aos olhos de Deus, quando se identificam na sua morte e dão testemunho dessa obra nas suas vidas.

Plínio Segundo, historiador romano do I séc., fala deste testemunho quando comenta o compromisso dos Cristãos em “não praticar nenhum acto mau, a abster-se de toda fraudulência, furto e adultério, a jamais quebrar a palavra empenhada ou deixar de saldar um compromisso em chegado a data do vencimento” (10)

O segredo deste sucesso está na ressurreição deste Servo, que leva os Cristãos adorá-lo como Deus, conforme observa Plínio Segundo:

“…tinham o hábito de reunir-se em um dia fixo antes de sair o sol, quando entoavam um cântico a Cristo como Deus” (10)

Porque Deus ressuscitou o seu Servo, fez deste um Salvador vivo e deu início a uma obra que, começando na Judeia, se propagou rapidamente por toda a Ásia Menor e chegou a Roma, a ponto de historiadores Romanos do I séc. como Cornélio Tácito falar do Cristianismo como se fossem uma “praga”; de Suetónio que vê os Cristãos como uma espécie de pessoas com uma nova e irreverente superstição e de Plínio Segundo que se mostrou preocupado por um grande número de pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais, homens e mulheres, não só nas grandes cidades, mas também nas aldeias que estavam a ser “infectados” por uma superstição perversa e extravagante. (9,10,11)

Esta “praga” continua viva apesar de todas as perseguições de que foi e ainda é alvo, para que toda a Palavra de Deus se cumpra no seu tempo.

“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade”

Livro do profeta Isaías capítulo 46, versículos 9 e 10 (0)


1 comentário:

Anónimo disse...

Tópico deveras interessante neste sítio, visões como aqui está dão valor a quem quer que analisar aqui .....
Realiza muito mais deste sítio, aos teus amigos.