quinta-feira, 2 de abril de 2009

O boi conhece o seu dono

“O boi conhece o seu possuidor… mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” Isaías 1:3 (0)

O boi propriamente dito é um touro castrado, mas a palavra pode referir-se igualmente ao gado bovino em geral, sendo a vaca a fêmea, o touro o macho, a novilha a vaca jovem e o bezerro o filhote. (1)

Este tem sido o animal doméstico por excelência do homem não só por causa das matérias-primas que produz como a carne e o leite da vaca, do qual se faz a manteiga, queijo, iogurte, etc., mas também como força de trabalho, seja no transporte ou na agricultura. (1,2)

A importância deste animal na vida do homem já tem muitos milénios, como podemos perceber pelos desenhos pré-históricos em grutas de França e Espanha, mas também através de desenhos gravados em túmulos egípcios que mostram bois a puxar arados ou sendo usados na debulha de cereais. (1,3)

Quando nos referimos a estes animais, podemos pensar que foram e são uns meros objectos de trabalho ou máquinas de produção nas mãos dos homens, mas quem os conhece sabe que não é com este tipo de tratamento que se consegue obter as melhores produções e cooperação da parte destes.

O boi é um ser vivo que possui sentimentos como o medo, angústia, sofrimento, ansiedade e o pânico. Ele é também sensível ao barulho, aos movimentos bruscos e à agressividade. (4,5)


Quem conhece e estuda estes animais sabe que é com atitudes positivas como fazer umas carícias, dar umas palmadinhas na garupa, coçar na cabeça, usar um tom de voz suave ou uns assobios, que resultam em comportamentos positivos, tornando-se mais fácil o seu manejo, são mais produtivos e a possibilidade de acidentes diminui. (4,6)

Recentemente confirmou-se o que já há muito tempo os bons criadores de vacas acreditavam, que as vacas gostam de ter um tratamento individualizado e de serem chamadas pelo seu nome. Desta maneira sentem-se mais felizes, descontraídas e consequentemente produzem mais leite. (7,8)

Mas, o que é ainda mais interessante salientar é que o boi sabe reconhecer quem o trata convenientemente, pois tem boa memória e capacidade de reconhecer as pessoas e os lugares. Este é capazes de diferenciar as pessoas que trabalham com ele diariamente, identificando-as mesmo quando elas usam roupas de cor semelhante, distinguindo-as não só pela cor da roupa, mas também pela face e a altura. (6,4)


Sendo assim, será sempre saudável um bom relacionamento entre o animal e o “dono” ou tratador, pois desta maneira ambos serão recompensados.

Para nós fica esta lição de boa memória, pois ao contrário dos bois, facilmente esquecemos Aquele que nos criou, aliás, como Deus nos revela no livro de Isaías.

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